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porViseu

porViseu - divulgação do património histórico e cultural de Viseu.

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A SÉ de Viseu - Considerações breves

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Todos nós conhecemos e admiramos a Sé de Viseu à qual estamos de qualquer modo ligados – baptismo, comunhão, assistência às missas, casamento... – mas bastantes vezes me interroguei sobre a história daquele imponente conjunto de edifícios. A Sé, o Paço do Cabido e o Museu de Grão Vasco.
Consegui reunir um conjunto de informações sobre a origem e alguns episódios história da Sé, que aqui vos deixo como um ponto de partida. Conto que alguém com mais conhecimentos possa verificar estes dados esclarecendo-nos e alargando o nosso conhecimento.A origem da Sé de Viseu e o próprio nome de Viseu estão envolvidos num intrincado labirinto de história e lenda, não tendo os especialistas, até agora , acertado na “verdade científica”.Pensa-se que anteriormente à chegada dos romanos existiria neste lugar um aglomerado urbano denominado VACCA do qual viria a resultar VISEU.Com o assassínio de Viriato às ordens de Cipião os romanos apoderaram-se finalmente de Vacca e em função do seu interesse estratégico, tanto do ponto de vista bélico, como económico ao permitir o controle das diferentes vias de comunicação que aqui se cruzavam, construíram no seu ponto mais alto uma fortaleza, da qual restam duas torres. Uma que forma a esquina para a Rua das Ameias e a outra que nos inícios do Sec XX serviu de cadeia.Estas obras teriam sido feitas pelos irmãos Sempronio e Flacco, às ordens de Junio Décio Bruto, Cônsul da Lusitânia.Com o advento de Cristianismo e a queda do poder romano a fortaleza de Vacca, transformou-se em templo cristão.Em 713 a invasão árabe conquistou a Espanha e o templo cristão foi transformado em mesquita. No entanto em 740 Afonso I de Leão expulso os árabes e reconquistou a cidade, reinstalando o templo cristão.Durante cerca de um século assim se manteve até que Almansor a voltou a reocupar e de novo voltou a ser mesquita.Só em 993 Afonso III de Leão reconquistou a cidade tendo mandado reconstruir a cidade e o templo. Novamente perdida para os árabes, Afonso V de Leão cercou a cidade e tentou a reconquista mas foi morto em combate e só em 1038 foi finalmente reconquistada pelo genro de Afonso V, Fernando “O Magno”.Em 1100 o nosso conde D. Henrique entrou na sua posse e transformou o templo cristão em Sé episcopal sendo Odório o primeiro bispo.Em resultado das continuas lutas entre cristãos e árabes D. Sancho I mandou reedificá-lo em 1189, sendo de crer que grande parte do interior existente date daquela época.Ao longo dos séculos vários foram os diferentes prelados aumentando e modificando o edifício segundo os gostos e as posses, o que justifica os diferentes estilos que hoje se podem admirar.Existem documentos que assinalam a construção do claustro em 1340 pelo bispo D. João; das escadas para o coro superior e da Capela da Cruz pelo bispo D. Gonçalo Pinheiro; da sala capitular em 1721 e nos fins do sec XVIII da frontaria por a anterior estar muito danificada.No sec XX várias obras de restauro puseram a descoberto algumas portas em pedra trabalhada, que se encontravam emparedadas bem como algumas capelas cuja existência tinha caído no esquecimento. A frontaria tem 30 metros de altura por 22 de largo. A planta do corpo de templo tem a forma de cruz, com a cabeceira formada pelo altar-mor e os braços pelos altares do Sacramento e do Espirito Santo, sendo a haste a nave central.Interiormente a famosa abóbada das cordas é sustentada por duas fileiras de colunas formadas por colunelos agrupados com 15 metros de altura. Dizem-me que existem 16 altares, sendo 8 nos claustros e os restantes no corpo principal, mas ainda não verifiquei se este é o numero actual.Sempre ouvi falar que existia uma coluna oca, mas só recentemente confirmei tal existência num texto antigo que refere que “a chamada coluna vã é a que forma esquina para o altar do Espirito-Santo “. Durante as invasões francesas foi ali que foram postas a bom recato as alfaias religiosas e os objectos de valor.Também sempre se falou de um famoso túnel que ligaria a Sé ao terreiro da Feira de São Mateus, mas de concreto nada apurei. Parece que no entanto existe alguma informação sobre este túnel ou parte dele, pelo que alguém mais documentado nos poderá dar mais informações.por FdeM
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