Com a devida vénia transcrevemos do site da DECO.Proteste.pt . VISEU a 1ª em Portugal e a 10ª entre 124.
" Qualidade de vida em 124 cidades de 5 países
Junho de 2012
Bruges, na Bélgica, é a melhor cidade para viver, enquanto Salvador, no Brasil, é a pior. Em Portugal, Viseu está em primeiro lugar e Setúbal em último.
Entre setembro e novembro de 2011, enviámos um questionário a uma amostra representativa da população de cada capital de distrito de Portugal continental. Incluímos ainda Funchal, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. A mesma investigação foi feita pelas associações de consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil. Encontra aqui os resultados obtidos.
Para os vários critérios analisados, indicamos a avaliação dada pelos inquiridos, com o máximo de 100. Ao colocar o cursor no critério em causa, encontra as cidades que se destacaram pela positiva e pela negativa, na comparação nacional e na internacional."
Mesmo no Adro da Sé, na zona do U formado pelo Museu Grão Vasco, Sé e Varanda dos Cónegos, foram montadas 3 tendas interligadas a 1a das quais paralela à Sé delimitando a zona do adro, ligada a uma 2ª tenda encostada à Varanda dos Cónegos e uma 3ª a fechar o U , parelela e quase encostada à Sé até às escadinhas de acesso a esta. O U formado pelas tendas tinha a sua "boca" virada para o Museu Grão Vasco.
Na 1ª tenda várias bancadas com a venda de produtos de toda a zona Dão Lafões destacando-se os Vinhos, os enchidos, compotas e outros produtos regionais como o Mirtilo.
Na 2ª tenda vários espaços de Restauração com ementas variadas dos pratos regionais e mesas para as pessoas se sentarem continuando este espaço pela 3ª tenda. A 2ª tenda abria para o cruzeiro da Sé onde, ao ar livre, havia mesas, sofás e cadeiras para um momento de relaxe ou degustação.
Este evento teve boa cobertura dos média com uma reportagem em directo na TSF e apontamentos informativos nas tv's.
Provámos e gostámos do formato do evento o qual, a nosso ver deve ser repetido.
Nas décadas de 1950/60 o Orfeão de Viseu tinha uma grande actividade cultural promovendo o Canto, Teatro, Poesia e Variedades.
Eram famosos os concertos dados pelo Orfeão de Viseu que se deslocava a várias localidade das regiões Centro e Norte do País.
Teatro no Orfeão de Viseu, 1950.
Ulisses Sacramento, viseense de gema, iniciou as suas lides artísticas no Orfeão de Viseu na representação teatral e também no canto, actividade ao tempo orientada pelo Maestro Mário Costa. Ulisses Sacramento salientava-se quer na representação quer no canto e, com o seu grande à vontade, contagiava com a sua boa disposição e laracha todos os que o rodeavam.
Em 1951 a organização da Volta a Portugal desafia Igrejas Caeiro a organizar um espectáculo em cada localidade onde a Volta a Portugal chegava. Igrejas Caeiro aceitou o desafio e iniciou um projecto cultural de cariz popular muito inovador com o nome de “Os Companheiros da Alegria”.
Começou por ser um espectáculo de variedades de música ligeira com variados concursos que em cada um dos espectáculos procuravam envolver os locais tornando o espectáculo interactivo. E em simultâneo com o espectáculo Igrejas Caeiro lançou também um programa diário de rádio transmitido pelo Rádio Clube Português.
“Os Companheiros da Alegria” tiveram um grande sucesso e formaram-se enquanto Companhia de Teatro, que mesmo após a Volta a Portugal, não parava com
Ulisses Sacramento, 1951.
Os Companheiros da Alegria, 1953.
os espectáculos por todo o País.
Um grande sucesso nacional que com o passar do tempo enriqueceu o seu formato de espectáculo com a inclusão de rubricas de Teatro, Revista e Opereta, atraindo também os maiores nomes artísticos nacionais da época.
Os espectáculos integravam variados tipos de concursos, alguns dos quais destinados a descobrir novos Artistas como “Tem um minuto para mostrar o que vale”. Na primeira vez que a Volta passou por Viseu com “Os Companheiros da Alegria”, Ulisses Sacramento foi desafiado por amigos a ir até ao Avenida Teatro assistir e participar nesse concurso. E a sua prestação foi tão eloquente que foi contratado por Igrejas Caeiro para integrar de imediato o elenco dos “Companheiros da Alegria”.
Ulisses Fernando, seu novo nome artístico, iniciou assim uma carreira profissional nos Companheiros da Alegria com a sua primeira actuação oficial no Cine Teatro da Guarda. Com a sua voz romântica de timbre muito harmonioso e bonito especializou-se na chansonnette francesa, tipo de música que dominava os êxitos da época, com grandes nomes do Musicall Francês como Edith Piaf, Maurice Chevalier, Charles Trenet, Gilbert Bécaud, entre outros.
E foram vários os sucessos interpretados por Ulisses Fernando como Bell Ami, Douce France, Bolero, Mademoiselle de Paris e Pigalle.
Ulisses Fernando (Sacramento) com Igrejas Caeiro e outros Artistas dos Companheiros da Alegria.
Ulisses Fernando Sacramento fez a sua carreira profissional como elemento efectivo dos Companheiros da Alegria onde fez Teatro, Revista e Opereta, cantou e encantou com as suas interpretações e ouviu muitos aplausos dos quais o que mais o marcaram foi uma das suas actuações no S.Luis onde foi ovacionado de pé por todo o público.
Em 1954 Igrejas Caeiro instala “Os Companheiros da Alegria” no Teatro da Trindade em Lisboa.
Com todos os espectáculos esgotados recebe uma nota da Inspecção Geral dos Espectáculos proibindo a continuação da sua actividade teatral. Segundo informações da época este facto deveu-se a uma entrevista de Igrejas Caeiro em que este Artista afirmava que “Nehru era o maior estadista daquela geração”.
Vivia-se em pleno a época salazarista e uma declaração destas era perturbadora para um regime que apreciava pouco tanto sucesso não controlável daquele grupo independente. E assim aproveitou este facto para encerrar as actividades da Companhia levando todos os seus Artistas para o desemprego. Ulisses Fernando foi assim apanhado nesta proibição que também o impediu de ir cumprir um excelente contrato para uma digressão acordada para Angola.
Ulisses Fernando regressou de novo a Viseu onde acabou por integrar como vocalista a Orquestra Cine Jazz dirigida pela Maestro Mário Costa vivendo alguns momentos de glória uma vez que além de cantor era um grande entertainer e apresentador que animava todas as festas da Região.
Actuação da Orquestra Cine Jazz com Mário Costa ao piano, Ulisses Sacramento vocalista, Carlinhos da Sé na bateria, António Correia no violino, Chaves no saxofone e Manuel Pires no rabecão.
Ulisses Sacramento em palco.
Ulisses Fernando Sacramento, Artista ilustre de Viseu, tem hoje 89 anos e vive na sua cidade mais longe do nosso Rossio de que tanto gosta e do qual tem muitas saudades.
porep com a devida vénia de porViseu!
Com a colaboração de Teresa Merino e Celso Albergaria;