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porViseu

porViseu - divulgação do património histórico e cultural de Viseu.

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O Liceu (1950)

Liceu.jpgUma foto histórica cedida pela Foto Germano (+-1950), e que reproduz a construção do Liceu de Viseu. Repare-se que em toda a envolvente do terreno nada havia. Nem o Parque da cidade.

Capela de Nossa Senhora das Vitórias (Sec.XVII).

CapelaNSVitorias.jpgFoi restaurada a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, localizada no Parque, do lado direito quem sobe a entrada do Rossio. Pela história e curiosidade, transcrevemos, com a devida vénia, o texto inserido no “Jornal da Beira nº4360 – 09/12/2004 – pag.10".“A Capela de Nossa Senhora das Vitórias (ou Senhora da Vitória) tem uma história longa e movimentada. Foi mandada construir pelo Cónego da Sé de Viseu António de Almeida Abreu, em 1605, provavelmente para celebrar a vitória dos exércitos cristãos sobre os Turcos, em 1571, em Lepanto. Daí, a dedicação a Nossa senhora da Vitória.Porém, a sua localização não era a actual, mas encontrava-se junto ao Convento de Santo António de Mançorim que, depois da extinção das Ordens religiosas, em 1834, passou a quartel e, finalmente, nos anos cinquenta do século passado, foi destruído, para dar espaço à actual Avenida 25 de Abril.Em 1739, a Capela foi entregue, pelos Cónegos da Sé, aos Terceiros Franciscanos, que iam à procura de uma sede própria. A partir desta data, a Capela ficou sempre ligada à Ordem Terceira de S. Francisco. Quando o ex-Convento de Santo António de Mançorim foi destruído, a Capela foi transportada, pedra por pedra, para o local onde se encontra actualmente, continuando os irmãos Franciscanos Seculares a cuidar dela.O regresso dos Frades Franciscanos para Viseu deu nova vida, quer à igreja dos terceiros, quer ao espaço envolvente. A Capela de Nossa Senhora das Vitórias não podia ficar esquecida, dada a sua singular localização no Parque da Cidade.Eis então que, após uma esporádica utilização para projectos pontuais, como a preparação do presépio no tempo natalício, a comunidade franciscana (os frades e os franciscanos seculares) decidiu beneficiar a Capela, que estava a precisar de obras urgentes dado que até tinha infiltrações de água."

Cava de Viriato (Documentário Gráfico de Viseu - 1942)

CavadeViriato.jpg" Monumento Nacional, único no País, a CAVA de VIRIATO foi, primitivamente, um polígno regular de oito faces, circundado por fossos de água. Crê-se que as legiões romanas, ou os valentes lusitanos, ali tiveram seu quartel, melhor diríamos “campo entricheirado”.
POR demais têm os investigadores discutido a origem da famosíssima Cava de Viriato, concordando todos em que o valioso monumento é um dos mais raros e remotos da Península.Quer tenha sido dos Lusitanos ou não, sabe-se que foi um enorme octógono perfeito, cujos muros baixos eram reforçados por grandes pedras que foram para o Convento de S.Francisco de orgens e circumdados por largos fossos de águas.Restos de tais fossos dizem que é um, ainda hoje evidente, à esquerda do segundo lanço da Cava.Como é natural, algumas lendas andam para sempre enoveladas com a hitória da Cava, mas a tradição mais antiga e aceite é a que o Cónego Berardo, paciente e testarudo investigador viseense, assim regista da Cava de Viriato, na sua Memória 1ª: “ Derrotado o exército do pretor romano, Cláudio Uniano, pelo famoso Viriato junto do Campo de Ourique, para desviar de si o pêso das armas com uma diversão favorável, recorreu aquêle pretor a Caio Nigídio, o qual entrando logo pelas terras da província das beiras, depois de talar os agros e incendiar povoações, veio fortificar-se em um campo raso, que hoje vemos junto da cidade de Viseu. Logo que Viriato disto houve notícia, acudiu imediatamente a êste ponto e, como não pudesse escalar os muros de terra, pôs-lhe cêrco até obrigarem Nigídio, pela fome e estratagema, a render-se ou pelejar. Com efeito, o pretor saiu a campo mas em poucas horas foi derrotado, perdendo as águias e quási todo o exército.”Pretendem alguns autores, que até a cidade esteve algum tempo, remotamente, dentro da Cava e afirma-se que a grande Feira Franca de Viseu, - que nesta cidade anualmente se efectua, em Setembro – nasceu intramuros da Cava de Viriato, por ordem de D.Sancho I (1188, diz Francisco Manuel Correia, na sua “Memória Manuscrita”).El-rei D.Duarte a transferiu da Cava, de junto da “Capelinha de S.Jorge”, para o vasto chão da feira – hoje belo Campo de Viriato – dando-lhe S.Mateus por padroeiro.Muitas vicissitudes tem sofrido o milenário monumento. Mas, a pouco-e-pouco protegido, é hoje um dos mais deliciosos de Viseu, que todos os visitantes muito apreciam.